domingo, 1 de janeiro de 2017

Na Rtp1, Portugal-França comentado por Rui Costa. Comenta como jogava, com classe. Cada comentário ensina algo sobre futebol. Não se percebe o que fazem nas televisões tantos comentadores que só falam nos aspectos secundários do jogo - a estatística, a "intensidade", o histórico - quando temos estas pessoas que podem ensinar e maravilhar os apaixonados pela bola na relva.

6 comentários:

Anónimo disse...

Sem falar daqueles que passados 40 anos nem sequer sabem o que é um fora-de-jogo.

RMSCP disse...

Não vi por isso não posso avaliar mas fazer melhor do que os "comentadores" usuais também não é difícil...

Independentemente disso, enquanto Rui Costa tiver um cargo no Benfica, não vai poder comentar os jogos (dos clubes, pelo menos). Seria logo acusado de falta de isenção (como se os outros comentadores não tivessem clube).

Cumps

jorgen80 disse...

Estou disponível.

RedMist disse...

Não vi. Desconhecia que ia passar, mas seria sempre irrelevante: na medida em que não me iria sujeitar a levar com mais uma dose daquele degredo de “futebol”. Enquanto para gente como aquela o futebol for só resultado, limitar-me-ei a ver os resumos no telejornal ou a inteirar-me dos resultados pelos jornais.

Percebo o que dizes, mas aquilo sobre o qual quero ouvir RC falar não é, seguramente, a capacidade de sacrifício do Nani ou do Quaresma em fazer trivelas. A conversa que quero ouvir dele é outra, muito diferente da até então tida: feita sobretudo de silêncios, com umas intervenções inconsequentes aqui e ali sobre matérias que, verdadeiramente, não interessam a qualquer benfiquista atento e preocupado com a realidade do clube.

A abordagem que nunca teve nem alguma vez terá: encantado que está na sua “gaiola dourada”. Sem que nada o demarque verdadeiramente dos demais que não um talento especial para a modalidade, uma carreira respeitável e juras eternas de amor ao Benfica nunca concretizadas em devido tempo.

Até lá, a linha seguida vai sendo a típica da tida em meados dos anos 90, quando este país era apelidado de “Califórnia da Europa”: muita obra para o povão ver, cimento e betão para cima dos problemas, os quais, a admitir-se a sua existência, são sempre fruto da acção/culpa de terceiros – nunca nossos. Com tanta coisa boa para fazer e disfrutar, há muito que já não dou para este peditório.

Not my cup of tea.

Ricardo disse...

RedMist, aqui apenas me refiro ao seu conhecimento sobre o jogo. Quanto ao resto, de acordo. A partir do momento em que não defende o Benfica de ataque ditatorial a que foi sujeito e menos um. Deixou de contar na minha lista de Presidentes desejados.

RedMist disse...

Compreendo. Dá gosto ouvir com quem se pode aprender: e RC é um deles. O seu conhecimento sobre o jogo é inegável, ainda que jamais inquestionável: nada na vida o deve ser, enquanto fonte primordial da verdadeira evolução.

Mesmo não excluindo que, dessa prática, ele retire e propicie prazer, essas suas intervenções soam-me, à luz da tabela de valores que verdadeiramente interessam, a desfasamento. A mero entretenimento por parte de quem tem fortes responsabilidades no rumo traçado de há longa data no clube, sem, no entanto, jamais ter reportado aos seus, aos benfiquistas: remetendo-se a aparições desta natureza, que têm tanto de pontuais como de irrelevantes, as quais não posso interpretar de outra forma que não meras “acções de charme”.

Aos meus olhos, qualquer capital que tivesse para algo mais, há muito que o desbaratou. Sendo certo que, à luz dos padrões actuais, nenhum mal daí advirá ao mundo: muitos são aqueles quem se venderam por bem menos.