sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

110 Gloriosos anos



Quando, há 110 anos, Cosme Damião e amigos fundaram o Sport Lisboa e decidiram atribuir-lhe o lema “E Pluribus Unum”, talvez estivessem longe de imaginar o alcance do acto que acabavam de ter.

Criar um clube que se perpetuaria no tempo e juntar-lhe um lema de unidade, de comunhão, é acto tão genial que quase nos leva a questionar a sua intenção.

Tenham eles ou não percebido o alcance que poderiam ter, o facto é que este lema marca toda a vida do clube. Não vejo outra frase, outro pensamento que defina melhor toda o pluralidade unida que significa o Sport Lisboa e Benfica.

Ao longo destes 110 anos o clube já teve, vivos, milhares de milhões de adeptos, de ambos os sexos, de todos os credos, raças e origens, atravessando gerações. Todos diferentes entre si e todos unidos no Benfica. Todos desconhecidos de todos, mas todos unidos pela família a que pertencemos, a família Benfiquista.

Tivessem ou não adivinhado a dimensão que o clube atingiria, tal qual eles sonharam, todos fomos, somos e seremos Benfica.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os Mágicos de Vermelho Coluna



A partida decorria, diluía-se, arrastava-se insossa como que inebriada pela melancólica tristeza que invade a alma Benfiquista, num estádio apaziguado, esquecido e vazio de si, rumo a um desfecho esperado e anunciado.

A dado momento, sente-se um Monstruoso e Sagrado silvo de impaciência que culmina na subtileza de um enlace que Katsouranis decide oferecer ao maior clube que já representou. Ali, naquele momento, o Grego veste o fato de assistente a um qualquer Mágico que quisesse tomar o palco. A nação vermelha, entendida em ajudantes de magia, decide atribuir-lhe uma justa, e talvez última, ovação.

O assistente retira-se do palco deixa-o inteirinho para o Nico Mágico Gaitan. O Argentino, mestre em truques e ilusões, agarra na bola e, enquanto ela lhe sorri, de uma penada, fá-la sobrevoar uma mole de gente, de preto e branco vestida, fazendo-a aterrar e adormecer feliz no fundo das redes.

Não satisfeito, o mestre de cerimónia Jorge Jesus faz subir ao palco Lazar Poeta Markovic que nos fez saborear um delicioso rascunho do seu novo conto de fadas.

Ir ao Estádio da Luz é assim, pagar por um jogo de futebol e assistir a poesia declamada ao ritmo de um Glorioso bailado, digno de uma qualquer Monstruosa história Sagrada de Reis Cósmicos.

Ao intervalo

Jesus adora exibir-se: o PAOK é fraco -  altera-se o modelo, siga para a nota artística!
E ficamos nós a fazer figas para que não haja um azar...
BENFICAAA!!

Uma cópia do cheque de indemnização da saída do Michael Thomas do Benfica. Baratinhos, estes balls.


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Lazar

O futebol, apesar de dito colectivo, vive de jogadores, de homens singulares. Homens que, por actos ou palavras, ganham o direito à memória, a um lugar especial na memória colectiva do clube, no coração de todos nós. As horas que mediaram o Benfica-Guimarães e a notícia da morte do grande Coluna são disso exemplo capaz.
Primeiro foi Matic, regressado a Lisboa por breves horas para receber um merecido prémio, para coroando o belo ano que havia de lhe escancarar as portas dos corações Benfiquistas. Mas eis que, quando parecia ser impossível fortalecer essa relação que a distância parecia condenar, o bom Sérvio abre o livro aos microfones da TSF num comovente Português, citando Aimar como o melhor jogador com quem alguma vez jogou. Ou jogará, acrescento eu, porque virtuosos daquela estirpe não abundam, camisolas 10 com aquela magia contam-se pelos dedos de uma mão. Foi belo o momento, Matic em Lisboa, venerando Aimar, mesmo a tempo de assistir in loco à magia de Markovic. Dúvidas houvesse e aquele golo, culminando uma exibição empolgante, seria prova bastante de que é um fora-de-série, aquele que usa o nº50. Aquele golo seria bastante para que tudo parasse por momentos, para que a terra interrompesse por breves instantes, senão a sua translação, pelo menos a sua rotação, tempo suficiente para ver aquela obra-prima feita futebol. Que a terra parasse de rodar, adiando a inevitável partida do grande Mário Coluna, imorredouro Capitão desse Benfica de feitos míticos, dessa equipa lendária que havia de elevar a águia a um patamar nunca antes sonhado, que havia de levar o nome, o nosso nome, a todos os cantos do planeta, agora parado como que por artes mágicas. Pelas artes mágicas de Lazar que, esperando ressuscitar Coluna, havia de fazer a terra voltar um pouco atrás, permitindo que o golo, que aquele golo acontecesse novamente. Para que todos nós, mas especialmente para que o Capitão o pudesse ver novamente.
A terra roda outra vez, seguindo o seu destino imparável. E o Senhor Coluna, paternalista como sempre, conta finalmente a Eusébio o golo, aquele golo que tinha visto na Luz. “Havias de ver, rapaz, havias de ver…”


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Morreu o Sr. Coluna



O universo Benfiquista está, novamente, de luto. O Grande Capitão Sr. Mário Monstro Sagrado Coluna decidiu juntar-se a Eusébio e Cosme Damião.

O Benfica do 4º anel já tem fundadores e presidente, já há muito tinha treinador e “carregadores de piano”, recentemente recebeu o reforço do Rei, mas ainda lhe faltava um Grande Capitão, um Grande Senhor.

Era sabido que o clube Cósmico andava em prospecção terrena para colmatar tão importante lacuna. Há muito que se ouviam rumores de que o Sr. Mário Coluna era o principal alvo da cobiça Cósmica. Já aquando da contratação do Rei se foi falando, à boca pequena, da possibilidade de vermos o nosso Monstro Sagrado seguir-lhe os passos.

A pressão do jovem prodígio D’Eusébio para que o clube lhe juntasse o Grande Capitão e Cicerone foi tanta que Cosme, homem de largas vistas, não olhou a meios para reeditar a sociedade de sucesso entre Sr. Coluna e Rei Eusébio.

E assim, em nome de um 4º anel cada vez mais forte, o Sport Lisboa e Benfica chora, mais uma vez, uma irreparável perda.

Poesia e erotismo num só momento


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Já mais ninguém o pode ganhar e só um o pode perder



E eis que o Benfica, pela terceira época consecutiva, tem tudo na sua mão para se tornar campeão nacional de futebol.

Com os acontecimentos de ontem – vitória do Estoril – o Benfica tem hoje uma oportunidade de ouro para dar um passo importante rumo ao seu 33º título de campeão nacional de futebol. Caso vença o jogo de hoje, o Benfica deixará os principais rivais a uma distância importante (Porto a 7 pontos e Sporting a 5) e que tem de ser decisiva para o desfecho do campeonato. Nesta altura, como nas duas épocas anteriores, já nenhum dos dois rivais pode vencer o campeonato, apenas o Benfica o pode perder, apenas nós podemos fazer valer a nossa competência, ou falta dela, na hora de decidir o título.

Pouco importam agora as reais e profundas razões para a possível conquista deste campeonato, essas serão contas que se farão no final, o que realmente importa, o que realmente deve preencher a mente de adeptos, jogadores, treinadores e dirigentes é que não pode ser possível a perda deste título.

Ainda é possível que Porto ou Sporting sejam campeões? É… Se nós o permitirmos. É, se mais uma vez, não soubermos agir com responsabilidade. A partir de agora seremos réu, juiz, vítima ou herói. Só temos de conseguir saber escolher.

E para que assim seja há que ser competente até ao fim, há que manter o rumo sem megalomanias, mas com a profunda convicção e clara noção de que este título não nos pode escapar, dê por onde der!

E o rumo para esse nosso desejo final começa a ser traçado já hoje frente ao Vitória de Guimarães em pelo Estádio da Luz. Hoje temos de demonstrar querer, ambição, estofo e Benfiquismo de campeão. Hoje, joguemos com 1 guarda-redes e 10 avançados ou 10 guarda-redes e 1 avançado, temos de vencer. Hoje temos de esmagar, golear, vencer por 2, por 1, o que for. Hoje, aconteça o que acontecer, dê por onde der, seja de que maneira for (dentro das leis do jogo), temos de acabar o dia com 5 e 7 pontos de vantagem para os nossos rivais. Hoje é dia de agarrarmos este campeonato pelos colarinhos, olha-lo nos olhos, e esmurra-lo até ao Knockout final!

Deixa-te de ideias tontas, Mário!


Soube agora que o Mário «o Monstro Sagrado» Coluna foi internado de urgência. Todos os benfiquistas estão contigo, Capitão. Há ainda muitas vitórias e títulos para viveres connosco. O 33º tem de ter as tuas mãos em cima. Força Gloriosa, Campeão dos Campeões!

Anti-sexo


domingo, 23 de fevereiro de 2014

O raro milagre

ATENÇÃO: um árbitro a 10 minutos do fim marcou, num jogo que estava 0-0, um penálti contra o Porto e expulsou um portista. 

Mais difícil do que isto só aparecer a Nossa Senhora em cima de uma árvore.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

«Qual era o restaurante?», perguntam os pobres de espírito.

«Hoje foi o dia em que, almoçando num restaurante, havia na mesa ao lado dois homens comendo, conversando e rindo. 

Um chama-se Joaquim Oliveira.

O outro chama-se Luís Filipe Vieira.»

Este foi o post que ontem aqui coloquei. A caixa de comentários explodiu com bibelots por todo o lado, gente que não é bem gente, digamos que respira, defeca, alimenta-se mas não usa propriamente o cérebro. Para estes oligofrénicos a ideia de um almoço entre Joaquim Oliveira e Luís Filipe Vieira simplesmente não pode acontecer. Que sou mentiroso! que faço mal ao Benfica! Pobres existências de pobres de espírito que levam o Benfica todos os dias mais para junto o abismo e acham - raras almas, estas - que estão a fazer um grande serviço, enquanto o outro das orelhas grandes vai enriquecendo e gozando o prato (junto ao Oliveirinha) de todas as formas e mais algumas. Já nem há pudor, é a céu aberto e restaurante afora, que os palermas comem tudo e se for preciso ainda fazem de tapete.

Perguntam-me ali umas alimárias qual o restaurante - já para não falar nos que dizem que Vieira estava fora do país. Quanto receberá esta gente para andar a mentir por essa blogosfera? Pedro Guerra, Tiago Pinto, Fialho, Gomes da Silva, eu sei lá, tudo uma corja de vendidos e tachistas, que de Benfica não sabem nada. De Benfica só sabem usar o seu nome e cagar-lhe em cima.

Pois bem, querem o nome, vão levar o nome. Vieira e Oliveira almoçaram onde o Eusébio passava muitas e muitas horas e dias e meses e anos... a conquistar: Adega Tia Matilde, na Rua da Beneficência, nº 77. E agora desafio todos os mentecaptos que aqui vieram dizer que estou a mentir que passem por lá nos próximos dias e perguntem se aquele é um espaço sob jurisdição estrangeira, assim como que um enclave no meio de Entrecampos. 

A essência de ser adepto


Pelo Benfica, Benfiquista: abre os olhos.

Hoje foi o dia em que, almoçando num restaurante, havia na mesa ao lado dois homens comendo, conversando e rindo. 

Um chama-se Joaquim Oliveira.

O outro chama-se Luís Filipe Vieira.