quarta-feira, 30 de junho de 2010

O (único) lado positivo da derrota

Já o encontrei:

Talvez assim ainda dê para segurar o Coentrão. É que cada jogo que fazia era mais ou menos o mesmo que atirar um surfista em sangue para as águas da África do Sul - mais e mais tubarões a rondar...

terça-feira, 29 de junho de 2010

No final...

Lerpámos com dignidade.
A diferença era palpável, e em termos de plantel a Espanha está mt melhor servida, mas o jogo até certo ponto foi conseguido.
Jogadores e treinador surpreenderam-me pela positiva.
Bem, o Queiroz só até certo ponto...há melhores, há muitos bem melhores, não são assim tão difíceis de encontrar.

Uma ultima pergunta? O danny, é o quê?
Faço daqui um desafio: algum de vocês, por essa blogosfera fora, é capaz de pôr um link do youtube com algo de minimamente positivo que ele tenha feito neste mundial? Apenas peço UMA boa jogada, UMA boa iniciativa. Existe?

Ao intervalo...

Estou orgulhoso. Grande resposta! Não estava à espera...

Só mais uma coisinha:

Eu tirava o Cristiano Ronaldo. Não interessa por quem; que jogo de merda!
Aliás, fica a pergunta, é ele que decide jogar como um idiota ou é o Queiroz que dá as instruções? Não percebo, o animal nao faz isto com Real, nem em mais sítio nenhum...

ESTARÁ O QUEIROZ CONTENTE COM O FACTO DE TER UM JOGADOR EM CAMPO QUE LIXA TODAS AS JOGADAS EM QUE PARTICIPA?? ANTES DO NOME VEM O FUTEBOL!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O jogo impossível

Quando somos crianças, há em nós imaginação e bizarria suficientes para sempre buscarmos o mais improvável dos acontecimentos, mesmo que seja só na nossa cabeça. Uma das coisas que eu gostava de pensar era em jogos intermináveis. Mal acabava um prolongamento, perguntava ao meu Pai: "isto pode não acabar, não é?" e deliciava-me a ideia de duas equipas ficarem a marcar penalties durante um mês.
No ténis, também é possível querermos que dois bípedes morram em campo estoirados de jogar. Basta que cheguem ao 5º set empatados. Depois é esperar que se mantenham equilibrados até ao fim e esperar que a partir do 6-6 eles nunca mais abandonem o campo pelo menos durante uma semana. Sempre que o jogo chega a este ponto, sobe-me um desejo cruel de ver mais horas e horas de dois jogadores arrasados, caindo, tropeçando nos jogos, um atrás do outro, fazendo subir o placard para números impossíveis. Mas nunca me fazem a vontade. Ora, hoje fizeram. Cumpri um sonho de criança. Nicolas Mahut e John Isner fizeram o jogo dos jogos, a História do Ténis mudou. Se não viram, tenho pena, eu vi, invejem-me se quiserem.
Nada mais nada menos do que isto:
Mahut - 4 6 7 6
Isner - 6 3 6 7
O 5º set, é isso que querem saber, não é?
Pois deliciem-se:
59-59!!!!*
Brutal.
A partir dos 25-25, acreditem, os gajos começaram a querer que aquilo acabasse. Via-se nas caras deles a vontade, a suprema vontade, de que aquilo acabasse de vez. O cansaço, físico mas principalmente mental, era tanto que eles já não esboçavam reacção, parecia que estavam em piloto automático, jogo atrás de jogo, hora atrás de hora. Por outro lado, o desejo animal de não querer de maneira nenhuma perder aquele jogo. Eles sabiam que o que passar não vai ter capacidade de recuperação para a próxima eliminatória mas ali já não era ganhar o Wimbledon que estava em causa, era mais importante do que isso: ganhar o jogo mais longo de sempre da História do Ténis!
O campo, que é um dos MUITO secundaríssimos, começou a encher, a encher, gente de todo o lado, amontoada uma sobre a outra, chegava ao court nº18. Quando o árbitro, acabado um jogo, dizia 42-42 as pessoas riam-se, os comentadores em euforia por estarem a comentar um momento único na História do Desporto, eu (e imagino todos os que estavam a ver pela net, televisão, ao vivo) em suspenso, a querer mais, muito mais. Eu não tenho a certeza se eles ainda lá não estão.
Obrigado, Mahut. Obrigado, Isner. Obrigado, Ténis. A criança em mim ri desvairadamente de todos os adultos deste mundo.
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* O jogo continua amanhã. Vai em 10 horas. Já se fizeram 192 ases (Isner 98; Mahut 94) e 651 winners (Isner 333; Mahut 318).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O bom futebol, viram-no por aí ou não?

Até agora, uma merda. O cabrão do Mourinho é tão bom que condicionou o Mundial, conspurcou-o do princípio ao fim quando enviou as tropas milanesas fazerem o mais horrível e simultaneamente mais belo (e isto é que choca, de tão bom que ele é, porque só ele é capaz de pôr uma equipa a jogar maravilhosamente mal) espectáculo de bola para o Nou Camp, naquele jogo que já passou para os anais da História do Futebol como o dia em que uma equipa infinitamente melhor foi obrigada a fazer uma jogada de oitenta e tal minutos para marcar um golo. E não importa se à sua disposição os treinadores de muitas equipas neste Mundial não têm Milito, Cambiasso, Zanetti, Eto´o, Stankovic ou Thiago Motta (a propósito, não querem naturalizar este grande anti-jogadorzaço?); eles não querem saber, a fórmula foi encontrada e não há quem os detenha. Não importa que eles nem saibam qual a táctica que procuram usar nem quais os movimentos que devem obrigar os seus jogadores a fazer. De alguma forma, de uma estranha e bizarra forma, os treinadores deste mundo viram naquele jogo de Barcelona o escape possível (o único?) para todas as suas frustrações e paneleirices. Mourinho está no Mundial mais do que Ronaldo, infinitamente mais do que Ronaldo!, está mais do que Messi, mais do que Iniesta, caramba, o Mourinho está no Mundial mais do que o som horrível de 100.000 vuvuzelas aos guinchos!
Por isso tratem lá de rodar a bolinha, hoje. Metê-la no chão, variar o flanco, puxar os coreanos para zonas de pressão e contra-atacá-los como se na baliza estivesse o silêncio de um estádio sem vuvuzelas (oh visão paradisíaca!). Tratem de os pressionar logo quando eles saem a jogar, sem os deixar respirar, sem os deixar abrir aqueles olhinhos enviesados que eles têm e espetar-lhes um, dois, três, quatro regimes democráticos naqueles cornos para ver se lhes sabe a liberdade.
E muito cuidado com o Mourinho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Se beberes, não vuvuzeles.

Hoje acordei de um terrível pesadelo: uma vuvuzela, entre sons estridentes de elefantes em orgasmos, gritava-me ao ouvido. A princípio, meio ensonado, julguei que a vuvuzela que eu ouvira era produto de uma imaginação escorrida de tanto jogo mundialista que andava a ver. Mas não. Era uma vuvuzela à portuguesa! A cheirar a bafo de farinheira e chouriço assado! Com resquícios de sardinha e lábios de mosto! Com bedum bafiento nascido da mistura de peixe com toucinho, de vinho com aguardente! Não estive de modas: acerquei-me da janela, em posição de ataque, protegendo-me devidamente com cotonetes XXL nos ouvidos, e disparei um "Vai prá puta que te pariu ó meu cabrão do caralho!". O homem, compreensivelmente embriagado, achou o meu linguajar bastante ofensivo e não esteve de modas: "Eu vuvuzelo as vezes que eu quiser, pá!". Foi este "pá" no fim de tão grande eloquente afirmação que me pôs os vuvuzelos em brasa, logo, não estando de modas mas sem modos, enfiei-lhe com método certeiro a vuvuzela por entre as curvas do cerebelo.
E não é que a vuvuzela, feita funil fétido, disparou uma chuva de merda?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Argentina

No dia em que começa o Mundial, e antes que a bola role nos relvados da África do Sul, venho cá dizer-vos que para mim o campeão será a Argentina*. Tem tudo: capacidade individual acima da média, jogadores muito fortes colectivamente e com uma experiência internacional enorme, tem sede de vitórias e tem um treinador que tem um pacto divino. Com Deus e com o Diabo.

Está escrito nas estrelas que o Maradona vai treinar uma Argentina campeã do Mundo. Não se cansem mais. Sigam o caminho traçado e desfrutem. Bom Mundial para todos!

* Quem quiser discordar e meter dinheiro ao barulho, força. Estamos cá para uma bwin privada.